quinta-feira, 29 de outubro de 2009

GÊNEROS TEXTUAIS E LINGUAGEM DA INTERNET

Everton Pereira Santos

Já é certo que as pessoas, hoje, não vivem sem acessar a Internet. Nem que seja uma vezinha por dia, para olhar os scraps. E parece mesmo que o scrap virou a mais moderna forma de se comunicar, mas não esquecendo os gêneros digitais existentes, como o MSN Messenger (o mais popular dos "messengers"), o e-mail (pioneiro nessa forma de comunicação virtual), os blogs e até os flogs.
É claro que a Internet serve para muitas outras funcionalidades, mas a comunicação é a principal característica de todos os recursos da rede. E uma vez que se fale de comunicação, o scrap, como já dito, é a principal forma de trocar mensagens na Internet, por intermédio do Orkut.
Ao se fazer uma análise da funcionalidade do scrap, percebemos que ele é uma forma evoluída do bilhete comum e, como tal, carrega as mesmas funções do seu antepassado, mas ainda não inutilizado, bilhete. Serve para comunicar algo a alguém, de forma curta e prática.
E quando se fala nesse tipo de evolução, devemos conhecer o que são os gêneros textuais, suas evoluções e adaptações.
Gêneros textuais são tipos estáveis de enunciado que refletem as condições específicas e as finalidades de utilização da linguagem. Em outras palavras, é o nome que se dá a cada tipo de enunciado, como: bilhete, redação, carta, scrap, e-mail, artigo científico (gêneros textuais escritos), palestra, notícia televisiva, rádio-novela (gêneros textuais falados), piada, canção, anedota (gêneros textuais escritos e falados) etc.
Luiz Antônio Marcuschi, pesquisador da área de gêneros textuais e professor da Universidade Federal de Pernambuco, observa que o surgimento de novos gêneros textuais nada mais é que uma adaptação dos gêneros às tecnologias encontradas atualmente. O scrap é, então, um gênero textual que deixou de ser bilhete para se transformar no que é hoje. Marcuschi observa ainda que a depender de onde o texto seja inserido, ele será um ou outro gênero textual.
Nessa adaptação a essas tecnologias, a função de deixar uma mensagem para alguém ficou mais dinâmica, pois o scrap permite a resposta imediata do recado e, mais recentemente, o usuário que estiver conectado ao Orkut pode saber quando alguém o manda uma mensagem, através de um quadro de avisos que aparece no canto inferior da janela.
Assim como a função do bilhete é deixar uma pequena mensagem para alguém, o scrap mantém tal característica, nos levando a outra reflexão.
Nas conversas de internet e nas mensagens do orkut, observa-se, já há algum tempo, o surgimento do Internetês, que nada mais é que uma forma específica de se comunicar, cuja característica principal é a simplificação de palavras.
A linguagem da internet reflete a "lei do menor esforço" praticada na linguagem oral. O uso de palavras como "pq", "vc", "kd", "tb", "hj", "fds", "flw", demonstram essa forma de simplificação das palavras.
Existem também formas acrescidas de palavras, que não refletem a lei supracitada, mas demonstram a capacidade de criação dos internautas e uma necessidade de manipular a língua portuguesa a fim de dar características próprias ao que se fala na internet. Tais palavras são, por exemplo: "naum", "amow", "tah", "jah", "eh" etc.
Vê-se também formas exageradas de se expressar o que se quer dizer, como por exemplo: "amoowwww", "bejãooooOoOoOoO", ou frases que requerem uma maior análise para que se entenda o significado, como: "MAR É DOJXA VISSE?" cujo significado seria: "mas é doida, viu?". Aqui no Brasil, para alguns, esse tipo específico de linguagem é chamada de miguxês.
Na linguagem da Internet, existem ainda duas formas de comunicação que são bastante utilizadas pelos internautas: o smile e as risadas onomatopaicas.
O smile, ou emoticon, expressa as emoções das pessoas que estão utilizando a comunicação. Alguns exemplos comuns são: :) , :( , :P , 8-), XD , : , ¬¬ , #-D etc. São variadas as formas de smile que se encontram hoje.
As risadas representam as onomatopéias de risadas normais, e algumas bastante anormais. São elas "hehehe", "rsrsrsrsrs", "kkkkkk" e, algumas novas "auhuhauhauha", "ahuhusahusahuauhs", "heaoueahaoeuah" etc. E, ainda, a risada padrão importada da língua inglesa, já simplificada "LOL", que significa "Laughing Out Loud".
Diante dessa linguagem nova que o scrap apresenta, o jovem, principalmente, pois este é quem está em formação lingüística, deve se preocupar em não utilizar o internetês em textos onde a norma culta é necessária, como redações, cartas formais, provas etc.
Há teorias lingüísticas que dizem que a língua sofre mutações diariamente. A linguagem oral sofre essas alterações dia-a-dia e é mais perceptível, pois não há regras no que chamamos de português não-padrão, que é a linguagem que utilizamos diariamente, sem se preocupar com as normas do português padrão.
Mas ao contrário da linguagem oral, a escrita ainda se preocupa com as normas, porque ela, a escrita, evolui menos que a oral. Claro que a linguagem da Internet vem derrubando isso aos poucos, criando neologismos e provocando uma verdadeira mutação lingüística. Mas ainda deve-se atentar às maneiras de como escrever o texto. Existe na Internet a liberdade para simplificar as palavras e até criar outras novas, porque esse tipo específico de linguagem reproduz a linguagem oral, o português não-padrão.
Portanto, deve-se usufruir do Internetês, separando-o dos lugares onde a norma culta ainda é necessária. Cada gênero textual carrega suas próprias características, inclusive no que diz respeito a que linguagem utilizar, ou não. Seria muito estranho vermos um scrap começando com "à Vossa Senhoria" ou finalizando com "Atenciosamente". O internetês tem lugar próprio para ser utilizado, assim como o tem o português padrão. Saber utilizar cada um em seu lugar é que faz de cada pessoa uma boa usuária da língua portuguesa.
Uma boa dica, para concluir, é conhecer os gêneros textuais e perceber que tipo textual e que tipo de linguagem está sendo usado em um ou em outro gênero. Desse jeito, fica mais fácil produzir textos para fins específicos e, é claro, pratica-se a leitura de uma forma geral.
Aluno do Curso de Letras Português-Inglês da Universidade Federal de Sergipe

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um tempo destemperado

Tudo o que os homens querem é só um pouco mais de tempo, para falar a vida de como poderia ter sido melhor, se fosse diferente.
A muito, e muito tempo, que nem me lembro mais, quanto tempo tem, existia um vilarejo, bem ali, mais ao longe para quem olha o devir. Era tudo muito simples! Onde homens e mulheres que marcara o tempo, iam ter com o mundo seus últimos momentos. Todos que completavam o percurso de chegada ao vilarejo ficavam muito felizes. Acreditava ter completado o ciclo da vida.
Mas nem todos pensavam assim, porque havia ali, um homem...
- O tempo que tanto me usou agora me descarta como se fosse uma fruta podre jogado ao leu. Diante de mim, o mundo confrontando com o meu fim, desmaterializando minhas forças, me tomando como escravo.
- Minhas mãos já não vencem mais a gravitação espacial. Os ventos que outrora me acariciavam a face, agora me atropelam com despeito.
- Olho para o céu não vejo mais as cores
– Um dia quis tocá-lo, me chamaram de louco, egoísta. Agora que quero ficar, querem me mandar para lá.
- E olha que nem sei se aquele céu é o mesmo céu, outrora sonhado.
- Olhe só para ele! Mudaram até as cores!
O pródigo relutante mesmo em desconforto viajava, pois pouco tempo lhe restava, - “isso me parece uma rima, de um viajante envelhecido”.
- Posso continuar?
E ele pensava!
- Que raio de mundo é este que não te permite escolher!
- Quero uma reunião.
- E pode?
- Pode! Aqui! Pode tudo.
- Então, peça ao tempo certo, porque tempo é o que lhe falta.
De repente de longe avistara uma miragem frívola.
- Por favor, poderia ser mais claro?
- Como assim? Miragem frívola!
- Sim! Miragem frívola.
- E o que é isso? É uma retórica?
- Ta bem;
De repente, ao longe avistara uma imagem brilhante.
- agora sim.
- Posso continuar? Obrigadinho.
Então, ele a observava e via o eu no tempo, em cada tempo, viu o tempo lhe transformando, lhe dando, tirando, dando, tirando, enfim, chegou o tempo que só tirava. Com os olhos cheios de lágrimas, chorava com o tempo que furtivamente lhe tirava a vida, diante dos seus olhos.
Enquanto isso silenciosamente ele caminhava, caminhava em direção ao nada que toma forma, desaparecendo com suas memórias de um tempo, em cada tempo.
- E é assim que todo se acaba?
- Sem tempo!
Cleber Xavier dos Santos

CAMADAS DE UM SONHO


Os olhos:
Viram todos os meus desassossegos refletidos em um espaço vazio, que diziam tudo ao passo, nada! Percebo em minha frente um grande corredor, me aproximo, não com passadas, não precisa, ele está passando diante de mim. Pessoas da janela me olhando, todas iguais, penso que sim. Uma grande nevoa do nada começa a cair. Engraçado, não sinto o menor frio, estou inseguro, onde isso vai parar?
Parecia estar sonhado. “A vida passando diante de meus olhos em um corredor sem fim, nebuloso, chato e monótono, pessoas da janela a me observar. Todas iguais!”. Alguém bate a porta violentamente, gritando, gritos afobados, apenas olho. Sinto meu corpo formigar, enquanto isso a porta parece falar a dor de quem bate, ouço vozes se confundido ao barulho das batidas, que nada dizem a um corpo amedrontado alem da insegurança dos movimentos, se recusando continuar.
De repente os brados da porta são silenciados, meu corpo ainda em agonia só agora se da conta do silencio, novamente reinando no quarto de iluminação mui rarefeita. Desconsertado procuro me levantar, intrigado, tomado de medo, mal consigo calçar as sandálias que foge dos dedos audaciosos. Caminho em direção a porta, me parece mais distante, cinco metros a mais que o normal. Talvez! Do quarto à porta. Senti-me em um filme de terror, onde o de repente é sempre algo assustador. Cada passada era algo decisivo, enfim, chego à porta, antes de tocá-la eu a observo como nunca, olho a fechadura e vejo minha imagem refletida, deformada. Tinha corpo delgado, braços logos de cabeça achatada, tive vontade de rir, mas, o medo amparara meu riso.
Por ora, havia me esquecido por que estava ali frente à porta olhando o corpo deformado refletido no ferrolho.
Em um profundo suspiro se percebe sedento, e incapaz de continuar sem antes tomar um copo de água, cedendo o lugar para outrora, percorre a casa em direção a cozinha, na sala uma televisão, sobre a mesa um controle enorme com números reluzentes, um sofá convidativo: - apanho o controle ligo a TV e nada que me interessasse. Se pega olhando para o controle que brilhava no escuro. Lembra-se da água, no entanto perdera a sede. Desliga a televisão. Olha para cima e vê pequenos orifícios no teto, com um olhar questionador, para tanto, filosófico, se pergunta sobre a vida, sobre Deus.
No instante que pensava é interrompido por uma memória, levando-o a porta imediatamente, sem hesitar abruptamente abre...
Acorda, acorda, acorda, e muito preguiçosamente acorda para um dia radiante.


Cleber Xavier dos Santos

UMA FRIA NOITE DE DOMINGO


Era um dia de domingo quando tudo aconteceu, era noite, fazia muito frio, mas mesmo assim os traços daquele corpo seminu se mostravam inquietamente, se denunciavam, pensava eu, quantos já torturara. O eterno que se deslizava impetuosamente sobre a fonte da vida. Provocando desconcerto entre homens e outras mulheres, taxando-a de exibida, desqualificada, maldita.

Para tanto, não conseguia esquecer daquela moça com partes que tão bem se combinava, meu viver se desfazia aos poucos, minhas noites se tornavam cada vez mais escuras/claras. Um desconserto. Não que a mulher, ali a meu lado, não fosse importante, mas o Eros em mim queimara por um dia de domingo.

- Minha mulher tem me achado estranho.
- Diz, meus hábitos sexuais tem mudado muito – e que muito criativo estou.
- Ultimamente, o sorriso tem brotado muito facilmente. Prefiro não dizer com quem estou passando as noites. Mas como dizer? Voltar a comer o velho requentado, nem morto – reconheço a minha perda de noção tempo/espaço.

Não acho justo fazer de todos os dias um dia de domingo à noite. Parar no tempo, resgatar as memórias para uma falsa transa, malditos são os homens entre as mulheres - que nome daria transar com as memórias em um corpo físico? Parasita. Cientifico de mais, que tal verme? Podera ser.

Porém, também não acho justo comigo mesmo viver sem expressão das memórias, não importa se isso tem acontecido por meio de ações. Não vejo o homem sem ação das memórias, nem as memórias sem ação dos homens. Temos elementos trabalhando em conjunto para formar um todo. Mesmo que isso seja uma fria noite de domingo.

SENSAÇÕES DA PARTIDA


Senti nas entranhas sensações aterradoras, que jamais em nenhum outro momento pude sentir algo assim, algo que outrora temia sentir, ai então percebi todo o meu corpo desobedecer aos mecanismos de operação motora, mas não conseguia entender por que razão tudo aquilo estava acontecendo comigo. Droga! Pareço estar cedendo ao desleixo de um eu imaturo das vivências já experimentadas tal qual redundante.
É sentido o suor frio descendo impulsivamente na face que olha o corpo inerte, tomado de medo do desconhecido momento, atraído pelo talvez relutante. O fôlego parece raso, pesado, gélido. Olho para os meus pés, pálidos, e muito grosseiramente cai um mundo de memórias com umas até... Difícil dizer, mas parece que não são minhas, ou são! Não sei direito, não consigo me reconhecer, tudo aqui é tão confuso, tenho a ligeira sensação do eu refletido se envergonhar das projeções. Quero muito sair. Difícil desfazer das memórias de um passado de arquitetura involuntária.
Vejo muitas pessoas envoltas de mim. Todas me olham! Uma criança chora nos braços de uma senhora que tenta acalmá-la. Não me sinto bem com todas essas pessoas me olhando. Umas tomando algo, contornando a bebida, que se deixa evadir nas ondas manipuladas pelos movimentos ante horário.

- Estou cansado, quero muito me virar, mas meu corpo não me obedece. Por que essa criança não para de chorar? Cal... Não tenho forças, maldita língua quando impertinente, agora que preciso me tranca a boca que fala.

- Quero água, talvez me dê vivacidade quando toma-la, áág... Ág...,

- alguém pode me ajudar a entender o que está acontecendo, estou sufocado em agonia, por que ninguém me ouve. Essa criança, que não para de chorar, como consegue chorar tanto, e por que choras?

De repente uma noite cai sobre os olhos daquele que pensava ainda existir no mundo das memórias que furtava suas inquietações existenciais. De tudo só lhe restava os poucos fragmentos de vida esvaindo pelas extremidades físicas, fingindo o acontecer do eu.

- E por que estou tão só, onde estou? Cadê às pessoas que ainda pouco estavam aqui, a menina parou de chorar, onde está meu corpo que ainda pouco via.

- Não sinto mais meu coração bater em meu peito... Onde está a criança que chorava, a mãe que a consolava.

- Minhas memórias cad...

- O homem que b...



Cleber Xavier dos Santos

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Frase de Filme


Não sei se Deus existe, mas aquele dia no poço eu não estava sozinho! (O Código Da Vinci)

Eu sei quem eu sou, não preciso dessas coisas pra me lembrar. (Efeito Borboleta)
Alguns pássaros não nasceram para viver em gaiolas. (Um Sonho de Liberdade)
Se você olhar bem, verá que o mundo todo é um jardim! (O Jardim Secreto)
Introduza um pouco de anarquia. Perturbe a ordem vigente e então tudo se torna um caos. Eu sou um agente do caos. E sabe, a chave do caos é o medo! (Batman - O Cavaleiro das Trevas)

Não é uma mentira, se você acreditar nela. (Seinfeld)

É uma verdade básica da condição humana que todo mundo mente. A única variável é sobre o quê. (House M.D.)

É possível acreditar em algo e não viver à altura da crença. (House M.D.)
Se acredita em eternidade, então a vida é irrelevante. (House M.D.)
Na ausência da luz, o que prevalece é a escuridão. (A Casa do Lago)
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que tu cativas. (Pequeno Príncipe)
É o tempo que dedicas a tua rosa, que a faz importante. (Pequeno Príncipe)
As pessoas esperam que eu faça tudo por elas, mas não percebem que elas têm o poder. Você quer um milagre? Seja um milagre. (Todo Poderoso)
Quase Morrer não muda nada, Morrer muda tudo. (House M.D.)

Não se apegue a nada que você não possa largar em 30 segundos, quando a polícia estiver em seu encalço. (Fogo Contra Fogo)
O ontem é história, o amanhã é um mistério, mas o hoje é uma dádiva. É por isso que se chama presente. (Kung Fu Panda)
Foi como ir dormir zangado, mas ela nunca acordou para fazer as pazes. (Everwood)
A melhor solução é sempre a mais simples. (Everwood)

Eu me pergunto qual seria melhor, ser temido ou respeitado? Seria de mais pedir os dois. (Homem de Ferro)
Como poderia odiá-la tanto, se ainda não a amasse? (Pecado Original)
O importante não é o que você sabe, mas o que você pode provar. (Dia de Treinamento)
O que falta em mim é compaixão e piedade, não racionalidade. (Kill Bill - Volume I)
O amor não é para mim, o amor é para quem acredita nele. (Pecado Original)

As vezes vale a pena viver por aquilo que você morreria! (Herói)

Conheci um homem que disse uma vez que a morte sorri a todos nós. Tudo que podemos fazer é sorrir de volta... (Gladiador)
Eu acho que sentiria a sua falta até mesmo sem te conhecer. (Muito Bem Acompanhada)
Existe uma linha tênue entre coincidência e destino. (A Múmia)
Felicidade só é real, quando compartilhada. (Natureza Selvagem)

Sem o amargo, o doce não seria tão doce. (Vanilla Sky)
Não tenha medo da morte, tenha medo da vida não vivida. (Vivendo na Eternidade)
Cair, é a primeira e a última sensação que um anjo sente. (Gabriel - A Vingança de Um Anjo)

Somos uma geração sem peso na história. Sem propósito ou lugar. Nossa Guerra é a espiritual. Nossa Depressão, são nossas vidas. (Clube da Luta)
Adiantaria alguma coisa se eu te dissesse que ninguém no mundo pode amar tanto alguém como eu te amo? (Efeito Borboleta)
Às vezes a idéia mais simples faz a maior diferença. (A Corrente do Bem)

A vida passa muito depressa, se não paramos para curti-la, ela escapa por nossas mãos. (Curtindo a Vida Adoidado)

A dor é passageira, mas a glória é eterna. (Pearl Harbor)

Nunca vi um animal selvagem ter pena de si mesmo, um pássaro cai morto de cima de uma árvore, sem nunca ter sentido pena de si mesmo. (Até o Limite da Honra)
Não importa o quanto o vento sopre, a montanha jamais se curva diante dele. (Mulan)
Eu acredito nas pessoas, só não acredito no demônio dentro delas. (Uma Saída de Mestre)

Nunca mande ovelhas para matar um lobo. (O Procurado)

terça-feira, 12 de maio de 2009

POEMA DE DOMINGO

Wolf creek, de Greg McLean.

O MUNDO CORRE

O mundo corre e eu corro.
Não sei o que é o mundo
Nem se estou nele.
Tudo é só um vestígio
A sombra de algo oculto.
Preciso sonhar para me convencer do oposto.
E sonhar é estar sem pernas e sem cabeça.
Ir batendo nas coisas.
Ninguém sonha que se conduz nos sonhos.
Sonhamos que somos esferas, corpos soltos no aço
E é só, ainda que se sofra.
Acordamos para esquecer ou para prolongar o sonho.
Caminho agora na rodovia, e os carros passam.
É como se eu não estivesse ali, mas estou.
Ouço gritos, recebo xingamentos, até uma lata de cerveja quase
[cheia na cabeça.
"Doido!"
Qual a diferença em se caminhar a esmo com os pés
Ou direcionado num carro?
Qual o sentido do sol?
Qual o sentido da terra?
Dos poros cheios de cabelos?
Por que velozes temos mais sentido?
Por que o sentido é ser veloz?
Não, não é.
Estou agora parado e corro do mesmo modo.
Estarei amanhã imóvel e voando de todos os olhos.

MAYRANT GALLO. De Os prazeres e os crimes.